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Vereda espiritual e sentido da vida

O que as pessoas entendem por verdadeira felicidade? Carreira, dinheiro, fama, poder, prosperidade, popularidade, consumo entre outros. O objetivo do viver é ter uma vida feliz e cheia de sentido. Será que o mundo atual torna mais fácil ter êxito na vida?
Os verdadeiros artífices da vida não são aqueles que sempre surfam na superfície, que nada levam totalmente a sério e que só querem se divertir numa vida hedonista.
A vida não tem só pontos altos, e a pessoa vivencia também pontos baixos. Ambos fazem parte de nossa vida e moldam o ser humano que somos agora.
Muitas pessoas querem alcançar a felicidade aqui e agora, querem compra-la. Produtos de consumo não geram automaticamente e satisfação; e um fim de semana de bem-estar, ainda que num hotel luxuoso e caro, não garante o que se espera. A desesperada busca pela felicidade não leva à vida, mas o esgotamento.
A espiritualidade é um dos caminhos para a felicidade! Encontrar nosso centro interior. A espiritualidade quer nos guiar em meio à vida e acolher, aprofundar e transformar a vida concreta com suas diversas relações como a experimentamos no cotidiano.
É a maneira de possibilitar que tudo que vem ao nosso encontro na vida se torne transparente em vista desse fundamento mais profundo.
O caminho para vermos aquilo que vivenciamos e fazemos cotidianamente como imagem da nossa vereda interior e do mistério profundo que quer nos encontrar e tocar em tudo que existe.
O recolhimento interno nos ensina o quanto de supérfluo carregamos em nossa bagagem pelas andanças da vida. A saúde mental e a paz de espírito passam, necessariamente pelos caminhos da interiorização.
Para descer ao íntimo de nós mesmos, três coisas são importantes: motivação, um pouco de coragem e a decisão de mergulhar.
O silêncio é a alma da vida interior. Ele é a profundeza do desconhecido. Ele é a presença recolhida, abertura e disponibilidade. Encontrar o rosto de Deus no silêncio, na beleza, na autenticidade e na verdade.
É preciso dar um tempo interior que é o tempo de ser, do trabalhar com gratuidade. É o tempo que esquece o relógio. Esse tempo interior da espiritualidade é o tempo que pacifica ao ser doado, tempo que rejuvenesce porque tudo espera, tempo que refaz porque tudo crê, tempo paciente que tudo suporta e se abre as surpresas de Deus.
18.10.2024 Prof. Dr. José Pereira da Silva







  • Fontes: PROFESSOR DR. JOSÉ PEREIRA DA SILVA