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Nuvens de gafanhotos são sinais de desequilíbrio do planeta e podem se tornar mais frequentes, alerta pesquisadora

- A historiadora ambiental Valéria Fernandes, autora de tese de doutorado sobre o tema, diz que fenômeno tem causas climáticas: 'Ninguém quer assumir a paternidade do gafanhoto' .O ciclone bomba pode ter posto, aparentemente, um fim na nuvem de gafanhotos que ameaçava o Rio Grande do Sul, mas não acabou de vez com a praga. Esquecidas por décadas até reemergirem este ano, as nuvens de gafanhotos fazem parte da história do Sul e, por muitas vezes, uniram na mesma tragédia o Brasil e seus vizinhos, mostra uma recém-defendida tese de doutorado no Laboratório de História e Natureza da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Autora do trabalho “La lucha contra la langosta (a luta contra o gafanhoto): processos biossociais na América do Sul (Argentina, Brasil e Uruguai, 1897-1952)”, a historiadora ambiental Valéria Fernandes alerta que, em tempos de mudança do clima, os gafanhotos, cujas nuvens são “acordadas” e regidas por gatilhos climáticos, podem voltar.
Este ano houve nuvens também na Ásia e na África, elas têm relação?
Todas têm relação com o clima. E o mundo sofre com mudanças climáticas. Por isso, achamos que essas nuvens podem se tornar mais frequentes. O calor favorece as nuvens migratórias porque os gafanhotos são ajudados pelas térmicas e voam mais alto e mais longe. Mas não é só o calor. São as alterações abruptas. Na África, sabemos que o gatilho foi uma chuva intensa fora de época. São sinais de desequilíbrio do planeta.






  • Fontes: O GLOBO

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