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O TEATRO SÃO JOÃO

Construído na década de 1870 por um grupo de taubateanos, tempo do Império, inspirado na arte que então se iniciara com João Caetano na capital federal.
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Era uma sala com 800 lugares inspirada no Teatro Cólon de Buenos Aires e ficava na Praça 8 de Maio.
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Além da platéia tinha frisas e camarotes. Como não havia cinemas na época, era no Teatro São João que as grandes companhias teatrais vindas do Rio de Janeiro à caminho da capital de SP se apresentavam.
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Dada a situação geográfica de Taubaté, entre os dois maiores centros populares do Brasil, servida pela Estrada de Ferro Central do Brasil, aqui aportavam as melhores companhias teatrais do País.
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Foi por muitos anos o local chique da cidade e região, onde aos sábados e domingos as famílias da elite taubateana se reuniam para assistir aos espetáculos não só de grupos teatrais vindos das capitais, mas também de grupos taubateanos.
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Na Companhia Taubaté Industrial formou-se um grupo de teatro amador do qual fazia parte como ensaiador o teatrólogo João Batista dos Santos, Eliza e Geny Milantoni, Geny Marcondes, Astério Braga, Antonia e Orestes Marcondes, que levaram à cena o espetáculo "O Casamento do Pindoba".
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Multiplicavam-se os grupos teatrais em Taubaté. Furtado Coelho, João Caetano, Dias Braga, Malhado Rosa, Recreativo Musical, Centro Católico, Centro Livre, Associação Artística e Literária, Grupo Dramático Ernesto Sampaio, Grupo Dramático Batista Góes, contando com artistas amadores como Eduardo Tinoco, Maurício Toledo, Maria Peixoto, Sócrates Peixoto e Afonso Vieira.
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Com a chegada do cinema em Taubaté, Cinema Rio e Taubaté Cinema, que acompanhavam as exibições com magníficas orquestras, o Teatro São João entrou em declínio.
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O cinema e o futebol tinham a preferência da coletividade taubateana. Assim acabou a época do Teatro São João.
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Resistiram ainda duas bandas de músicas Philarmonica e Corporação João do Carmo que seguiam abrilhantando as festas e (pasme) partidas de futebol.
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* Mais um texto de meu último livro Tribos de Taubaté atualmente esgotado.







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  • Fontes: JOSÉ DINIZ JUNIOR