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FIQUE EXPERTO


ALCKMIN FOI ACUSADO de desperdiçar água por seu vizinho em Pindamonhangaba

PINDAMONHANGABA, SP (FOLHAPRESS) - Além de governar São Paulo, presidir o PSDB nacional e articular sua candidatura à Presidência da República, Geraldo Alckmin passou os últimos anos de mandato lidando com um imbróglio caseiro: faltou água no seu sítio em Pindamonhangaba (SP).
Mais do que isso, o tucano foi acusado por um vizinho de desperdício -e justamente no período crítico da crise hídrica no estado.
Famílias que vivem no terreno do ex-governador, que deixou o cargo em abril, acreditavam que tenha sido esse vizinho o responsável pelo corte do fornecimento da água.
Em junho de 2016, elas enviaram notificação extrajudicial a Tommaso Mambrini, 81, dono da Estância Onça Parda, fazenda de Pindamonhangaba (SP) vizinha ao sítio de Alckmin.
A água que chegava ao sítio era oriunda da Onça Parda, que havia passado por reformas para implantação de um sistema que abastecia o terreno de Alckmin.
Os representantes das famílias afetadas afirmaram que a água foi cortada deliberadamente, "criando uma verdadeira situação de calamidade" no local.
Mambrini, um produtor rural de forte sotaque italiano, nega a acusação.
Mas não só isso: sentiu-se ofendido pelas alegações e instalou um hidrômetro para provar que havia "absurdo consumo de água" na propriedade de Alckmin. A reclamação de Mambrini foi parar, em 2017, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. O documento foi obtido pela Folha.
Nele, o produtor rural diz que o governador descumpriu a chamada Lei das Águas ao não indenizá-lo pelo fato de ter sido obrigado a instalar e fazer a manutenção de um sistema de fornecimento de água para o terreno do tucano, com "eventual desvalorização" da sua propriedade.
Ainda afirma que "por diversas vezes (todas registradas em cartas endereçadas ao senhor Geraldo Alckmin) informei a v. senhorias a respeito do enorme consumo e desperdício de água em que incorriam".
Isso o fez instalar um hidrômetro, que apontou, de janeiro a junho de 2016, o gasto de 670 mil litros de água potável "para abastecer uma ou duas famílias" -ele frisa que a ONU recomenda entre 50 e 100 litros de água por pessoa, por dia, para a satisfação de necessidades básicas e para evitar problemas de saúde.
"Causa estranheza o fato de v. senhoria alegar estar em situação de calamidade na medida em que, mesmo com a alegada interferência no acesso à água, a fazenda em que residem recebe (...) 3.984 litros de água potável por dia", afirmou Mambrini no ofício.








  • Fontes: FOLHAS PRESS

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