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FALANDO SÉRIO

MESSIAS PAREDÃO
“Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra!
Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso. (Charles Chaplin)

Todos sabem que sempre fui e ainda vou, de duas a três vezes por ano à Taubaté. Uma das vezes, sempre, é no Natal, as outras, pelo meado do ano. Fato é que fiz dessas “visitas” aos conterrâneos, um verdadeiro “carregar de baterias” na minha ufania pela “terra mater”.
Sempre busco naqueles dias distribuir o tempo entre os muitos amigos que me são privados de convivência durante todo o ano.
Entretanto, um sempre me “tomava” um tempo maior. Antes mesmo de afivelar as malas para viajar, já começava a receber telefonemas cobrando detalhes da programação de final de ano.
Quando é que você vem...não esqueça das ostras. Este ano arranjei um lugarzinho pra pescar que você vai cansar de pegar lambari. Diz pra “Milionária” (como ele chamava minha mulher) pra liberar o seu alvará.
Pois é, este amigo não está mais me esperando. Já faz doze anos que o Grande Arquiteto do Universo preparando as festas no céu daquele ano, mandou buscá-lo para dar uma maior animação. Desde sua chegada as festas no céu são animadas e com muito confete.
Messias Paredão cumpriu sua missão na terra, tornando-se inesquecível por sua maneira, de viver, tratar as pessoas, doando-se inteiramente ao que fazia.
Ainda hoje, desde seu falecimento ainda não me caiu a ficha. Escrevo com um sentimento estranho de falsa realidade. A distância causa este fenômeno fisiológico.
Fico imaginando como mudaram as coisas sem o Paredão, quando vou para a terrinha. O círculo que orbitava em seu entorno ficou um tanto desordenado após seu desaparecimento. Sua enorme influência carismática, sua personalidade forte, seu intenso e incansável envolvimento com as coisas públicas e com a gente tremembeense deixou visível o vazio que se instalou por um bom tempo.
O Vai Quem Quer nunca mais foi o mesmo sem sua participação. Como era bom vê-lo sempre fazendo dupla com Fernando Gaguinho.
Entretanto, ficaram para sempre, em cada rua, em cada esquina, enfim em cada canto de nossa querida Tremembé, as marcas eternas do legado deixado por Paredão. Impossível desmanchar tamanha marca de um “símbolo” extraordinário.
Este ano caminharei por lá, quem sabe o encontrarei em uma das esquinas...
(Henrique Chiste Neto)







  • Fontes: HENRIQUE CHISTE NETO

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