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Como estamos iniciando um ano em que teremos eleições, encontrei alguns causos interessantes. Dei uma “garibada” em cada um e passo para reflexão.

FALANDO SÉRIO
ELEITORES
Outro dia meu ex-redator chefe, me informou que um leitor havia reclamado que eu utilizara da internet para escrever minha coluna. Não há dúvida de que às vezes utilizo, e já relatei sobre isto quando informei de onde tirava minhas “inspirações” para manter a coluna.
Se articulistas famosos de jornais não menos famosos se utilizam deste instrumento de comunicação, além de todos os outros, porque uma porqueira de colunista como eu não o faria.
Pois então, querido “(e)leitor” aí vai mais uma coluna cuja “matéria prima” (êpa!) foi fornecida pela internet. Seria bastante hilária se não fosse trágica a conclusão que podemos tirar ao seu final. Trata-se de um tema e de uma ferramenta utilizada para a construção de qualquer democracia – o voto.
Como estamos iniciando um ano em que teremos eleições, encontrei alguns causos interessantes. Dei uma “garibada” em cada um e passo para reflexão.
“Um sujeito comprou uma geladeira nova e pra se livrar da velha, colocou-a em frente à casa com o aviso: “De graça. Se quiser, pode levar”.
“A geladeira ficou três dias, sem receber um olhar dos passantes. Ele chegou à conclusão que as pessoas não acreditavam na oferta. Parecia bom demais para ser verdade, e ele mudou o aviso: “Geladeira à venda por R$50,00”. “No dia seguinte, ela tinha sido roubada!” “Cuidado! Esse tipo de gente vota!”
“Meus amigos e eu fomos comprar cerveja para uma festa, e notamos que os engradados tinham desconto de 10%. Como era uma festa grande, compramos 2 engradados. O caixa multiplicou 10% por 2 e nos deu o desconto de 20%”. “Ele também vota!”
“Saí com uma amiga e vimos uma mulher com um aro no nariz, atrelado a um brinco, por meio de uma corrente. Minha amiga disse espantada: “Será que a corrente não dá um puxão a cada vez que ela vira a cabeça?”. “Expliquei que o nariz e a orelha de uma pessoa permanecem à mesma distância, independente da pessoa virar a cabeça ou não”. (Não vá fazer o teste...). “Imagina??? Minha amiga também vota!”
Esta é legítima (aconteceu comigo em minha última viagem). “Não conseguia achar minhas malas na área de bagagens do aeroporto. Fui então até o setor de bagagem extraviada e disse à mulher que minhas malas não tinham aparecido. Ela sorriu e me disse para não me preocupar, porque ela era uma profissional treinada e eu estava em boas mãos. “Apenas me informe: o seu avião já chegou?”. “Ela também vota!”
“Olhando uma casa para alugar, meu companheiro de trabalho perguntou à corretora de imóveis de que lado era o Norte, porque não queria que o sol o acordasse todas as manhãs. A corretora perguntou: “O sol nasce no Norte?”. “Quando meu amigo explicou que o sol nasce no Leste (aliás, há um bom tempo isso acontece), ela disse: “Eu não me mantenho atualizada a respeito desse tipo de coisa”. “Pois, saiba que ela vota”.
“Antigamente, eu trabalhava em suporte técnico num centro de atendimento a clientes em Manaus. Um dia, recebi um telefonema de um sujeito que perguntou em que horário o centro de atendimento estava aberto. Eu disse a ele: “O número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana”. “Ele então perguntou: “Pelo horário de Brasília ou pelo horário de Manaus?”. “Pra acabar logo com o assunto, respondi: “Horário de Manaus””. “Ele vota!”
“Meu colega e eu estávamos almoçando no restaurante self-service da empresa, quando ouvimos uma das assistentes administrativas falando a respeito das queimaduras de sol que ela havia tido, ao ir de carro ao litoral. Estava num conversível, por isso “não pensou que ficaria queimada, pois o carro estava em movimento”. “Ela também vota!”
“Minha cunhada tem uma ferramenta salva-vidas no carro, projetada para cortar o cinto de segurança, se ela ficar presa nele. Ela guarda a ferramenta no porta malas!”. “Minha cunhada também vota!”
Pronto!!!
Agora você já conhece uma grande parte de QUEM elege esses políticos, portanto, após as eleições tudo continuará como dantes...
Henrique Chiste Neto







A SOCIEDADE PRECISA DE VALORES

O veredicto que os médicos de Roma colocaram no papel, Federico Fellini, grande diretor de cinema, projetou com toques de gênio nas telas iluminadas. Num de seus últimos filmes, “Orquestra Desafinada”. Fellini retrata a anarquia e a desorientação do século XX.
A orquestra – resumo e microcosmo da sociedade hodierna – é um bando de neuróticos , infelizes, desajustados, que tentam escapar do vazio, do tédio e da solidão, através do culto apaixonado de seus instrumentos musicais.
Um após outro enlouquece, rebelando-se frontalmente contra o maestro. No final da película, numa confusão generalizada de gritos, recalques e explosões doentias, a orquestra inteira se desintegra. O maestro fica só, arrasado, ruminando seu fracasso.
- Deu a lógica inevitável. Eles sofriam de solidão. Explodimos todos, carentes de amor.
Genial, muito clara, a parábola de Fellini. Nas linhas e entrelinhas do seu filme, agente descobre o rosto enrugado, sofrido e angustiado do mundo contemporâneo, semi-demente, combalido, em marcha acelerada para a desintegração.
As guerras matam. O ódio e o egoísmo cavam abismos, levantam muros e geram separações. Carente de fraternidade, desvinculada de Deus, a orquestra humana desafina, entorta, desequilibra, enlouquece. Civilização, sem valores espirituais, definha melancolicamente, como nos lembra Exupéry: “ O espaço do infinito, lá onde ele pode abrir suas asas, é o silêncio”.
Prof. José Pereira da Silva
  • Fontes: HENRIQUE CHISTE NETO e Prof José Pereira da Silva

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