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HISTORIA DO RÁDIO EM TAUBATÉ

RELEMBRANDO – FEVEREIRO/11
Lélis Martins

Aproveito a mensagem enviada pelo saudoso colega Robson Baroni, que também saiu em matéria escrita no jornal Matéria Prima do amigo Diniz, com o mesmo titulo. O relato de Robson contribuirá em muito para a divulgação da história do Rádio em Taubaté. Vamos a ele:

Caro Lélis.
Inicialmente, um grande e saudoso abraço.
Alguns alunos do 5º ano de Direito, da nossa faculdade e por conseqüência meus alunos na matéria Ética Profissional do Advogado, informaram que haviam lido referências ao meu nome, feitas por você em sua coluna "Uma no cravo..." no semanário Matéria Prima. Hoje pela manhã saí em busca do jornal.
Agradeço a lembrança e as referências históricas do rádio em nossa cidade. No entanto, para completar o trabalho que vem realizando, devo esclarecer que a Rádio Cacique instalou-se em Taubaté em meados da década de 1950, vindo de Caçapava, onde não foi feliz em suas atividades. Comecei o meu trabalho como operador de áudio (técnico de som) na Rádio Cacique em 1959, sob a batuta de Walter Gonçalves, que sucedeu ao João Nunes, sendo Oliveira Meireles o gerente que me concedeu o emprego.
Na época pontuavam como locutores os irmãos Honoré Rodrigues e Olavo Rodrigues, além de Ramis Kalil (período noturno).
Em 1961 tive a chance de me transformar em locutor comercial nos programa de auditório Vozes do Sertão, no sábado à noite. Logo depois o Olavo Rodrigues, deixou a emissora para se dedicar a outras atividades e eu assumi a apresentação do programa Telefone Pedindo Bis e Os Campeões da Semana, ambos patrocinados pelas Industrias Gessy-Lever, e o programa Correio Musical Eucalol.
Foi na Rádio Cacique que demos início às apresentações do programa A Turma da Bossa que acabou revelando o consagrado Renato Teixeira (Romaria), Murilo Mendes Trio (com Augusto Arid na bateria), Vica Giffoni (consagrado no Rio de Janeiro), Azollini, Haroldo Carlos Alvarenga (maestro e escultor), Leda Rodrigues (filha do Carioca). Ali, também iniciamos a apresentação dos Radio-Teatros, tão logo conhecemos Abílio Gonçalves (hoje engenheiro eletrônico e uma das pessoas mais respeitadas em transmissões de rádio em nivel nacional) e sua falecida esposa Nilde Maria. Todos, absolutamente todos foram comigo para a Rádio Difusora Taubaté, em setembro de 1963, a convite do inesquecível Silva Neto.
Cronometrando as datas você verificará que cheguei a trabalhar sob a égide das Emissoras Coligadas do saudoso Ulisses Newton Ferreira, quando para cá vieram: VOCÊ, Ilmar Velloso, João Paulo, Esteci Neto e Jair Dávila.
Para que sempre seja lembrado, o compositor Renato Teixeira, na Cacique foi convidado por mim para ser comentarista de basquete, pois transmitiamos as partidas do time do Taubaté Country Club, na época um dos melhores do Estado e, uma forma da Cacique penetrar no high society da cidade. Pelo menos uma dúzia de ouvintes estava atenta às transmissões feitas.
Com os aparelhos conseguidos e inventados pelo Abílio Gonçalves realizamos o I Corso de Carnaval, montando no antigo prédio da Câmara na Praça D. Epaminondas (hoje Banco do Brasil), o Quartel General do Carnaval de Rua. Pela primeira vez uma equipe de rádio usou uniformes amarelos com o logotipo da Rádio Cacique. Foi um enorme sucesso e bateu a Difusora, razão pela qual toda a equipe foi sondada para mudança de prefixo.







  • Fontes: LELIS MARTINS