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DOUTOR GASTÃO DA CÂMARA LEAL

TEXTOS DINIZIANOS

Os Câmara Leal

Como você não sabe, na praça em frente ao Convento de Santa Clara, corria um dos rios que corta Taubaté, onde mulheres lavavam roupas para sobreviver.
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Queira sentar-se que lá vem história.
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Até que o prefeito Gastão Aldano Vaz Lobo da Câmara Leal (1908) permitiu que ali fosse construído o primeiro estádio do Esporte Clube Taubaté.
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Por isso mesmo, Gastão Aldano foi o primeiro presidente do Alviazul.
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Gastão, um ilustre jurista, nasceu no Rio de Janeiro e veio para Taubaté em 1883. Com sua cultura e pendor para a Educação, fundou a Associação Artística e Literária, com grande realizações no campo cultural e recreativo, além de lecionar em diversas escolas.
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Foi diretor do Teatro São João que destacou-se no cenário nacional no fim do século 19 como o mais afamado centro de diversões e apresentações culturais no Vale do Paraíba.
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Um dos irmãos de Gastão era Euzébio da Câmara Leal, ambos filhos do desembargador Luís Francisco da Câmara Leal.
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Euzébio veio para Taubaté nomeado como promotor público, de onde afastou-se para agir no campo do Ensino e advocacia,
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Orador de extraordinários recursos, arrebatava a assistência com sua fala entusiasmada. Organizou uma escola no Teatro São João e com o dinheiro arrecadado adquiriu um terreno onde funcionou o primeiro Ginásio do Estado, mais tarde Faculdade de Filosofia Ciências e Letras na rua Visconde do Rio Branco.
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Naquele imóvel era a sede da Associação Artística e Literária. Euzébio foi diretor do Ginásio Municipal e da Escola Normal. Fez parte ainda da comissão que foi ao governo reivindicar o primeiro ginásio para Taubaté.
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Newton Câmara Leal de Barros, foi presidente da União de Moços Católicos, vereador e presidente do Partido Democrata Cristão. Também diretor da Associação Comercial, fundada por seu pai, Francisco de Barros.
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Foi também presidente do Asilo de Velhos e da Sociedade São Vicente de Paulo. Teve seu nome perpetuado em uma escola de nossa cidade. .
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Gastão, Euzébio e Newton, emprestam seus nomes à ruas de Taubaté, como homenagem da cidade que soube reconhecer a luta de cada um para o seu desenvolvimento.
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A foto que você está vendo, onde estão os ilustres cidadãos mencionados neste texto, foi feita em 1955 quando das Bodas de Ouro do casal Alice Brothero da Câmara Leal e Francisco Nogueira de Barros.
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O general de Brigada Márcio de Moura e as professoras Neide, Célia e Ida de Moura Barros, que estão na foto, são filhos de Maria Januária de Moura Barros e Newton Câmara Leal de Barros.






Oswaldo Crisante Xavier Dos Santos
· SE EU MORRER...
A morte é realmente um enigma. E constatamos essa teoria quando
vivenciamos situações atípicas.
Tempos atrás, por exemplo, presenciei num enterro da mãe de um
amigo (Orlando Prado Junior) um diálogo que trata da insignificância da vida perante a morte.
Assim que o caixão entrou na sepultura, apareceram dois sacos
plásticos. Neles continham restos mortais dos familiares.
Orlando me chamou, e disse:
___Preste bem a atenção neles, são as ossadas. É tudo que sobra
da gente, no fim da vida.
Outro amigo, passando por outros túmulos comentou que tinha muitos
conhecidos próximos sepultados neste cemitério. Muitos deles morreram
ainda jovens. E, em seguida, comentou:
___Quando idoso, o sono eterno pode ser bem-vindo. O corpo já não
acompanha a mente, sem falar que já não existem muitas coisas guardadas
nas gavetas.
Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Quem já viveu a vida, descansou. Mas, quando jovem dá para refletir a
respeito desse assunto. Morrer cedo é um exagero.
Argumentando sobre a morte, disse a ele:
__Nós somos seres espirituais em busca de experiências matérias, e não
viemos a passeio na terra.
Nesse cemitério, como em muitos, existem os mais ricos, que não
aproveitaram a vida. Alguns até vivendo na miséria material e, às
vezes, na miséria espiritual.
Há quem diga que morrer é ridículo, e pode ocorrer de súbito. Numa
situação inexplicável ela vem de forma avassaladora. E a gente questiona:
“A troco de que você estudou muito, fez faculdade, praticou exercícios
físicos até perder o folego, e de uma hora para outra tudo isso termina num
encontro com um bandido, que te assalta. Além de te roubar, faz um disparo com
uma pistola, porque gostou do seu relógio”.
É como se estivesse numa festa e sair sem se despedir de ninguém, sem
aproveitar o melhor dela. Temos um carinho especial por nossas
coisas e , de repente, outros são obrigados a mexer em nossas gavetas.
E sempre dizemos: “ Das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha maldosa!”.
Mas, e se fossemos protagonistas dessa pegadinha. Veja:
Um casal tomou seu café pela manhã, quando do nada a mulher indagou ao marido:
__Se eu morrer antes de você, você se casa de novo?
__Não! __ Respondeu o marido
__ Eu te amo!
__Como não! Você não gosta do casamento?
__Eu gosto muito!
__Então, porque você não se casa? Questionou a esposa.
__Então eu me caso! Concordou o marido.
Depois de uma pausa, a esposa perguntou ao marido:
__Mas se você casar, vai trazê-la para morar aqui em casa?
__Sim, vou trazer!
Outra breve pausa, e ela perguntou:
__ Ela vai dormir na nossa cama?
__ Sim, ela vai dormir na nossa cama!
__ Ela vai usar as minhas panelas?
__ Sim, ela vai ter que usar suas panelas.
Intrigada, a esposa faz sua última pergunta:
__ Mas ela vai dirigir o meu carro?
__ Não!... Ela não sabe dirigir.
Epa! kkkkkkk
  • Fontes: JOSÉ DINIZ JUNIOR e OSWALDO CRISANTE